História do Brasil

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Após a queda de Constantinopla (atual Istambul), a Europa viveu uma crise de abastecimento de produtos oriundos da Ásia. Com este fato, o velho continente teve que buscar novos caminhos para comprar mercadorias dos países orientais. Nessa confusão, Portugal – que já havia desenvolvido grande conhecimento de navegação por ser um país voltado para o Atlântico – foi um dos pioneiros na expansão marítima em busca pelo “Caminho das Índias” e os primeiros a cruzarem o continente africano e chegarem na Ásia pelos oceanos.

Em uma dessas viagens, o navegador português Pedro Alvares Cabral cruzou o atlântico e levou sua escuderia para o novo continente, onde aportou no dia 22 de abril de 1500 em Porto Seguro, no estado da Bahia.  Após o encontro com os nativos e muitas idas e vindas, Portugal resolveu construir a primeira vila em 1532 e fincar raízes nessas novas terras – São Vicente, no estado de São Paulo foi o lugar escolhido. Pouco tempo depois, outros locais foram fundados e Salvador, no estado da Bahia, foi escolhida a sediar a primeira capital do país devido à proximidade com a Europa. 

Na época o Brasil era habitado por diferentes tribos indígenas, duas delas eram rivais, os tupiniquins e os tupinambás (canibais). Os portugueses, diferentemente de outros colonizadores, optaram por se aliar aos índios da tribo tupiniquim, em busca do conhecimento indígena para então explorar as novas terras.

A cultura europeia encantava os índios e vice versa, com isso, a miscigenação de raças entre portugueses e índios fez nascer o caboclo. Este novo povo que começou a surgir em terras brasileiras trazia consigo a sabedoria indígena junto com o conhecimento técnico europeu. O caboclo era um homem que se vestia como europeu, se portava como europeu, usava ferramentas europeias, mas tinha a intimidade e o conhecimento das florestas que só os povos indígenas tinham.  Ele era o sujeito perfeito para fincar bandeiras, o explorador que ficou conhecido como bandeirante.

O principal obstáculo dos portugueses e também grande barreira para o desenvolvimento brasileiro, foi a geografia. Atravessar as barreiras naturais como florestas, montanhas e rios, era um grande desafio. Exemplo disso é o obstáculo que separava a vila de São Vicente e a vila de São Paulo, fundada 22 anos depois. Entre as duas cidades separadas apenas por 70 km de distância, estavam as montanhas chamadas de “a muralha”, subir estas montanhas era técnica que só os índios dominavam. Coberta por uma densa floresta tropical, cheia de animais e extremamente íngreme, a subida chegava a ser um desafio. Essa troca de conhecimento e cambio de culturas foi o grande suporte para o desenvolvimento. 

Os bandeirantes (portugueses, índios e caboclos) se estabeleceram na vila de São Paulo – alto das montanhas e início do planalto brasileiro. De lá partiam por expedições Brasil a dentro no intuito de explorar as novas terras. Nessas viagens, se deparavam muitas vezes com índios violentos de tribos canibais – os tupinambás – então rivais dos tupiniquins e nesses encontros havia conflitos e muito derramamento de sangue. No fim do séc. XVII, uma dessas expedições encontrou na atual cidade de Ouro Preto, no estado de Minas Gerais, a maior mina de ouro já vista no planeta. A-partir deste deste fato, a história do Brasil entra em uma nova fase.

A economia, que durante pouco mais de cem anos foi baseada principalmente na produção de açúcar, passou a ser uma gigantesca corrida do ouro que fez a população do Brasil triplicar em apenas um século. A população masculina de Portugal reduziu drasticamente com a vinda dos “novos garimpeiros”. Os africanos, que já eram escravizados pelo seu próprio povo na África, começaram a ser ofertados e vendidos aos europeus após a expansão marítima. Após a descoberta de ouro, o mercado de escravos entre os dois continentes triplicou, novas cidades começaram a ser construídas e o Rio de Janeiro passou a ser o principal porto de escoação de ouro para Portugal, que por estratégia de segurança, fez a capital do Brasil ser transferida de Salvador para o Rio de Janeiro. 

Em 1808, as invasões napoleônicas na Europa, fizeram o rei de Portugal ter uma atitude estratégica e vir para o Brasil com toda a corte para tentar resolver o conflito a distância e retomar suas terras estando do outro lado do oceano. A capital do império português deixou de ser Lisboa e se transferiu pelo período de 14 anos para o Rio de Janeiro. Depois da vinda do rei, o Brasil se unificou e passou a se  identificar com uma única identidade de nação. Deixou de ser diversas colônias separatistas, para se tornar uma única unidade.

Já em 1822, o rei regressou para Portugal e seu filho, o príncipe regentel, decidiu permanecer no Brasil. Com esta atitude, a corte portuguesa ficou incomodada e exigiu a volta dele para a Europa, queriam que ele estudasse nas melhores universidades europeias para estar apto a assumir o trono português. Revoltado com esta exigência, Dom Pedro I decidiu separar Portugal do Brasil. Declarou a independência do novo país e se coroou imperador. Muitas províncias do norte do país não aceitaram a independência e houve conflitos. Em 1825, Portugal reconheceu o Brasil como nação. 

Em 1831, o Brasil teve o segundo reinado com Dom Pedro II. Extremamente culto e dono de uma sabedoria que acrescentou muito ao país, Pedro II teve um bom governo e em 1888, junto com sua filha princesa Isabel, conseguiram abolir a escravatura no Brasil, este ato gerou grande conflito no país, pois ia contra os interesses de muitas pessoas. Ter escravos era como ter bens valiosos.

A revolta foi tanta que em 1889, derrubaram a monarquia e estabeleceram a República Democrática no país. A ascensão do café fez gerar uma nova onda desenvolvimentista e o Brasil se viu obrigado a importar imigrantes. O dinheiro que o café gerou, industrializou a nação e da mistura de raças com pessoas vindas de diversas partes em busca de novas oportunidades, a identidade foi sendo moldada. No século XX, o Brasil passou por duas ditaduras, uma no período da Segunda Guerra e outra na Guerra Fria. No período democrático entre uma ditadura e outra, o Brasil viveu uma onda de modernização e a capital do Brasil passou a ser a moderna e renomada cidade de Brasilia.

Após a redemocratização do país em 1985, o Brasil sofreu graves crises econômicas com a hiperinflação e em 1994, teve a implantação da nova moeda que trouxe por um período prolongado, estabilidade econômica e progresso. Desde a redemocratização, o país teve dois presidentes afastados com problemas de corrupção.

As marcas desta história rica estão espalhadas por todos os cantos do país e é uma atração aquém das belezas naturais e das grandes cidades.

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