O Monte Roraima é um dos picos mais altos do Brasil, com 2.700 metros de altitude, localizado na tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana. Sua paisagem impressiona: os tepuis, montanhas em formato de mesa com topos planos e paredes verticais, são formações geológicas com milhões de anos, pertencentes ao Planalto das Guianas.
Embora a maior parte — e também a mais conhecida — esteja localizada em território venezuelano, toda a região é formada por um conjunto de tepuis que compõem uma paisagem de tirar o fôlego. Os tepuis, montanhas em formato de mesa com topos planos e paredes verticais, são formações geológicas que datam de milhões de anos e fazem parte do Planalto das Guianas, um dos terrenos mais antigos do planeta.
O Monte Roraima não é apenas um destino natural, mas também cultural e místico. Povos indígenas como os Pemon e Taurepang consideram o local sagrado, acreditando que ali vivem espíritos ancestrais. A imponência da montanha inspirou até a literatura: foi cenário do livro O Mundo Perdido, de Arthur Conan Doyle, que imaginava criaturas pré-históricas sobrevivendo em seu topo isolado.
A experiência de trekking até o cume é desafiadora e inesquecível. O percurso tradicional parte da comunidade indígena de Paraitepuy, na Venezuela, e leva de 6 a 8 dias entre a subida, a exploração do platô e a descida. Pelo caminho, os viajantes atravessam campos abertos, áreas de savana, rios e florestas até alcançar a famosa “rampa”, um trecho inclinado que permite vencer as escarpas verticais da montanha.
História e cultura
• Considerado sagrado por povos indígenas como os Pemon e Taurepang, o Monte Roraima é cercado de lendas ancestrais.
• Inspirou a literatura mundial: o escritor Arthur Conan Doyle ambientou ali o livro O Mundo Perdido.
Biodiversidade
• O topo abriga espécies únicas, como plantas carnívoras heliamphoras, pequenas rãs endêmicas e vegetação adaptada ao clima extremo.
• O isolamento dos tepuis cria um ecossistema comparável a um laboratório natural.
O trekking
• Duração média: 6 a 8 dias (ida, permanência no topo e retorno).
• Ponto de partida: comunidade indígena de Paraitepuy (Venezuela).
• Percurso: savanas, rios, áreas de floresta e a famosa “rampa” — um trecho inclinado que permite acessar o platô.
• Exploração do topo: o platô tem cerca de 34 km² com lagos, cavernas, formações rochosas esculpidas e mirantes com vista para a Gran Sabana.
• Ponto de destaque: visita ao Ponto Triplo, marco da fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana.
Logística e exigências
• Guias obrigatórios: o trekking só pode ser feito com guias indígenas credenciados.
• Acampamentos: noites em barracas, muitas vezes em abrigos naturais (como cavernas).
• Alimentação: organizada pelas agências, geralmente em esquema de expedição (cozinha de campo).
• Equipamentos necessários: roupas para frio e chuva, botas de trekking, isolante térmico, saco de dormir resistente e mochila adequada.
Clima e melhor época
• Estação seca (dezembro a abril): trilhas mais firmes e menos escorregadias.
• Estação chuvosa (maio a agosto): cenário mais dramático, com cachoeiras descendo dos paredões, mas percurso mais difícil.
Dicas importantes
• Tenha bom preparo físico: o trekking é considerado de nível moderado a difícil.
• Prepare-se para mudanças bruscas de temperatura: dias quentes e noites frias no topo.
• Leve itens de higiene pessoal biodegradáveis para minimizar impacto ambiental.
• Respeite sempre as orientações dos guias e as regras dos parques nacionais.
Por que vale a pena
O trekking no Monte Roraima é uma das experiências mais marcantes da América do Sul. Une desafio físico, contato direto com a natureza e a oportunidade de caminhar sobre uma das formações geológicas mais antigas do planeta, em um ambiente único no mundo.
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